Pretende-se com o Currículo de Economia não apenas formar "técnicos" em Economia, profissionais capazes de utilizar as categorias do pensamento econômico e os instrumentos da política econômica, mas totalmente esterilizados no que diz respeito ao correto entendimento da interação de forças, suas inspirações e origens, seus benefícios e perversões. O economista para os fins de hoje não pode ser apenas um refinado matemático formulador ou operador de modelos econométricos, mas deve ser, sobretudo, um competente cientista social que, por vezes, é certo, precisa lançar mão de instrumentos matemáticos sofisticados, conquanto que deles não se torne servo inconsciente. Entende-se que um bom economista precisa ser, não apenas um responsável técnico, artífice ou fazedor de coisas, mas, também, um inquieto pensador, ou pelo menos um técnico que pensa, e por isso tem a consciência inquieta, insatisfeita, permanentemente questionadora da validade de suas pesquisas, de suas análises, de suas postulações, de suas formulações, propostas, planos, programas, projetos e dos resultados consequentes. O que somente será alcançado se, a par de uma boa formação técnico-científica, no campo próprio da Economia, lhe for inoculado o vírus do senso ético em função de uma postura política voltada para a comunidade. |