O objetivo dessa disciplina é discutir as diferentes formas de ação coletiva em suas implicações analíticas, considerando-as a partir de temas como os movimentos sociais e a sua relação com as classes sociais e as formulações mais estruturalistas. A noção de sociedade civil situa-se como ponto de convergência para se chegar a um debate atual sobre as diferentes formas dos movimentos sociais, permitindo a localização de seus novos paradigmas. Assim, a partir da discussão sobre a formação do sujeito na modernidade, desenvolve-se uma análise dos movimentos sociais contemporâneos, situando-os como novas formas de manifestação de conflitos, na medida da sua capacidade de formular propostas e projetos para o restante da sociedade, especialmente, de construção de identidades sociais e culturais, e de lutas por direitos e cidadania. Essas questões permitem a localização de outras formulações sobre a constituição dos movimentos sociais nas sociedades complexas, a exemplo das ações coletivas interpretadas como expressões de conflitos, na medida da sua capacidade de ruptura dos limites de um sistema de relações, e de elaboração de significados, em perspectivas mais subjetivistas, que buscam diferenciar movimentos reivindicativos, identitários, políticos, ou antagonistas. Busca-se também contemplar estudos e pesquisas nacionais que identificam a diferenciação dos movimentos sociais no Brasil a partir dos anos 70, a exemplo de Eder Sader, Maria da Glória Ghon, Ana M. Doimo, Ilse Scherrer, Pedro Jacobi, Maria Célia Paoli, Elizabeth Lobo e outros autores recentes.
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